As Simulações da ONU são projetos educacionais que promovem o desenvolvimento do pensamento crítico, da argumentação e da cidadania global por meio da reprodução dos debates e negociações realizadas nas Nações Unidas. Sob a coordenação do Professor Chico Marchese, essas simulações tornaram-se uma das marcas de sua atuação nas escolas em que passou e seguem sendo realizadas até hoje, deixando um legado significativo na formação dos alunos.

Inspiradas em metodologias ativas de aprendizagem, as simulações proporcionam aos estudantes a oportunidade de vivenciar, na prática, o funcionamento das relações internacionais, a diplomacia e os desafios globais. Como destaca Paulo Freire (1987), “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”, e, nesse sentido, a imersão nos papéis de delegados de países e organizações internacionais estimula o protagonismo juvenil e o compromisso com a transformação social.

Princípios Pedagógicos

As Simulações da ONU baseiam-se em princípios educacionais que fomentam o desenvolvimento integral dos estudantes:

  • Aprendizagem baseada em problemas: os alunos são desafiados a estudar, argumentar e encontrar soluções para questões reais da agenda internacional (MORIN, 2001).
  • Interdisciplinaridade: as simulações integram conhecimentos de História, Geografia, Língua Portuguesa, Sociologia, Direito, Ciências Políticas e outras áreas do saber (SANTOMÉ, 1998).
  • Formação para a cidadania global: ao vivenciarem os dilemas das relações internacionais, os alunos desenvolvem empatia, respeito à diversidade e compreensão da complexidade dos desafios mundiais (SEN, 2000).
  • Autonomia e protagonismo: os participantes assumem papéis de diplomatas e representantes políticos, exercitando a oratória, a negociação e a tomada de decisão.

Objetivos do Projeto

As Simulações da ONU, coordenadas pelo Professor Chico Marchese, visam:

  1. Proporcionar aos estudantes uma experiência imersiva de debate e negociação, promovendo a compreensão das dinâmicas da política internacional.
  2. Desenvolver habilidades argumentativas, diplomáticas e de resolução de conflitos, fundamentais para a atuação profissional e acadêmica.
  3. Estimular o interesse pela geopolítica e pelas relações internacionais, preparando os jovens para uma participação mais ativa e consciente na sociedade.
  4. Aprimorar a capacidade de pesquisa e escrita formal, habilidades essenciais para a vida acadêmica e profissional.
  5. Valorizar o diálogo e o respeito às diferenças, cultivando o pensamento crítico e o entendimento das múltiplas perspectivas sobre um mesmo tema.

Por meio desse projeto, centenas de alunos tiveram a oportunidade de ampliar seus horizontes e se preparar para desafios futuros, tanto no campo acadêmico quanto no mercado de trabalho. Mesmo após anos, o legado das Simulações da ONUcontinua vivo nas escolas pelas quais o Professor Chico Marchese passou, provando que a educação, quando conectada à realidade, é capaz de transformar indivíduos e sociedades.

“A educação deve ensinar a compreensão do mundo para que os indivíduos possam atuar de maneira ética e responsável.” (MORIN, 2001)

Referências

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

SANTOMÉ, Jurjo. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.


















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