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Calma, calma, calma… Não, este não é, necessariamente, um texto religioso ou sobre Deus. Mas tem muito a dizer sobre o papel do professor em sala de aula.

Vamos começar com a origem de uma palavra poderosa: entusiasmo. Vinda do grego enthousiasmos, ela significa “ter um deus interior” ou “estar possuído por Deus”. Independentemente da sua crença, pense no que isso significa na prática escolar: um professor entusiasmado é aquele que traz uma energia contagiante, um brilho nos olhos, uma paixão que transcende a simples transmissão de conteúdo. E é exatamente isso que faz a diferença entre uma aula esquecível e uma experiência de aprendizagem transformadora.

Como todos sabem, a realidade educacional brasileira não é fácil: carga horária extensa, pressão por resultados, estrutura nem sempre favorável. Ainda assim, há professores que fazem a diferença. Por quê? Porque eles encontram um propósito maior no que fazem. Esse “Deus no coração” pode ser interpretado de várias formas: o amor pelo conhecimento, o desejo genuíno de impactar vidas, a paixão por ensinar. Neste sentido, o que importa é que, quando um professor ensina com entusiasmo, ele gera conexão, desperta curiosidade e transforma a sala de aula em um ambiente vivo. E os alunos percebem isso de imediato.

A prova de que isto é verdade é fácil de se conseguir. Pense, por exemplo, em um professor que marcou sua trajetória. Provavelmente ele não era apenas um transmissor de informações, mas alguém que acreditava no que ensinava e fazia você acreditar também. E esse é o ponto: conhecimento sem entusiasmo vira apenas decoreba. Mas quando um educador incorpora energia, significado e emoção ao que faz, o aprendizado se torna memorável.

Entretanto, é fato que tal perspectiva e reflexão nos levam ao seguinte questionamento: se entusiasmo é “estar preenchido”, então, do que eu tenho me preenchido e preenchido minhas aulas? Aqui vão algumas sugestões que podem fazer toda a diferença:

  1. Redescubra o porquê de ensinar – O que levou você à educação? Relembre seus propósitos e renove sua missão.
  2. Alimente-se de inspiração – Leia livros, veja palestras, converse com professores apaixonados. Entusiasmo é contagioso.
  3. Traga significado para seus alunos – Conecte o conteúdo com o mundo real, mostre a relevância do que ensina.
  4. Cuide da sua energia – Um professor cansado e desmotivado dificilmente consegue inspirar. Encontre espaço para descanso e renovação.
  5. Celebre pequenas conquistas – O aprendizado acontece aos poucos. Valorize cada progresso e cada momento de conexão.

Outro termo de origem religiosa que deve ser levado para a sala de aula dentro de seu respectivo contexto é a adoração. Derivado do latim adoratione, ele significa tanto amar com devoção quanto temer e respeitar aquilo que se ama. Isso nos conduz a um ponto essencial: um professor precisa ser querido pelos alunos, mas também deve se consolidar como uma figura de liderança. Ele é o guardião das regras e da cultura institucional dentro da sala de aula. Para que a escola cumpra sua função, é necessário um ambiente de respeito, disciplina e pertencimento. Se o professor não faz valer sua postura, as coisas se perdem, o vínculo se enfraquece, o aprendizado se desorganiza e o sentido de estar na escola se dilui. Amar e ser amado como professor é essencial, mas sem perder a força da autoridade e do papel estruturante que se exerce dentro da educação.

Logo podemos sentenciar que o entusiasmo move o professor, mas é a adoração que o posiciona. Ter entusiasmo significa estar preenchido por algo maior, por uma energia que nos coloca em um outro patamar profissional. Mas é a adoração – no sentido de respeito e compromisso – que alicerça este movimento e lhe dá direção. O professor que equilibra esses dois elementos não apenas inspira, mas também estabelece limites saudáveis ao conduzir a sala de aula com autoridade e empatia.

E aqui está um dos maiores desafios da educação contemporânea: como ser um professor apaixonado e inspirador sem perder a firmeza? Como manter a empatia sem abrir mão da disciplina? Equilibrar entusiasmo e autoridade é uma arte, e aqueles que dominam esse dom impactam profundamente a vida dos alunos. Um professor que inspira, mas também orienta, prepara seus estudantes não apenas para as provas, mas para a vida. Ele se apodera, de forma consciente, de um papel que lhe retira de um mero transmissor de conteúdos para alguém capaz de transformar vidas a partir da educação.

Agora eu pergunto: você tem conseguido equilibrar estes termos e levá-los para sua sala de aula?


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